quinta-feira, 3 de outubro de 2024

Anjo da Guarda para o Evangélico

O QUE A BIBLIA DIZ SOBRE O ANJO DA GUARDA

Anjo da Guarda Existe?



Os anjos são uma figura central nas escrituras, sendo descritos como mensageiros de Deus e servos que desempenham papéis fundamentais no reino espiritual. Dentro da perspectiva evangélica, o **anjo da guarda** é uma crença amplamente aceita, baseada em diversos versículos bíblicos que retratam a ação protetora e orientadora dos anjos sobre os fiéis. Embora a Bíblia não use especificamente o termo "anjo da guarda", há fortes evidências de que Deus envia Seus anjos para proteger e guiar os crentes.

A Natureza dos Anjos na Bíblia

Antes de explorar o conceito do anjo da guarda, é importante entender quem são os anjos segundo a Bíblia. Os anjos são seres espirituais criados por Deus para servir a Ele e aos Seus propósitos. Eles não possuem corpos físicos como os humanos, mas podem se manifestar de forma visível quando necessário, como vemos em várias passagens bíblicas. Seu papel é de louvar a Deus, entregar mensagens e proteger o povo de Deus.
A carta aos **Hebreus 1:14** descreve os anjos como “espíritos ministradores, enviados para servir aqueles que hão de herdar a salvação”. Esse versículo reflete a ideia de que os anjos têm uma função ativa na vida dos que creem, oferecendo auxílio e proteção.

 O Anjo da Guarda no Antigo Testamento

Embora o conceito moderno de um anjo da guarda pessoal não seja explicitamente delineado no Antigo Testamento, há relatos de intervenções angelicais protetoras. Um exemplo claro é a história de **Daniel na cova dos leões**. Quando Daniel foi jogado na cova, um anjo foi enviado para fechar a boca dos leões, protegendo-o da morte (Daniel 6:22).
Outro exemplo importante é encontrado no **Salmo 91:11**, que diz: “Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos.” Essa passagem é frequentemente citada como evidência de que Deus designa anjos para proteger Seu povo. Ela oferece uma imagem de proteção constante, sugerindo que os anjos estão ativamente envolvidos no cuidado dos crentes.

O Anjo da Guarda no Novo Testamento

No Novo Testamento, há uma passagem que fortalece a ideia de que os crentes, especialmente as crianças, têm a proteção especial dos anjos. **Mateus 18:10** diz: “Cuidado para não desprezarem um só destes pequeninos. Pois eu lhes digo que os seus anjos nos céus estão sempre vendo a face de meu Pai celestial.” Jesus, ao falar das crianças, indica que elas têm anjos que as protegem e intercedem por elas diretamente diante de Deus.
Além disso, em **Atos 12:15**, há uma referência indireta a um anjo da guarda. Quando Pedro foi miraculosamente libertado da prisão por um anjo, os crentes, ao ouvirem de sua libertação, disseram: "É o seu anjo". Essa declaração reflete a crença de que Pedro poderia ter um anjo designado a ele, sugerindo que a ideia de um anjo pessoal era comum entre os primeiros cristãos.

A Função do Anjo da Guarda na Vida do Cristão

Na perspectiva evangélica, os anjos da guarda não são objetos de adoração ou devoção. Eles são servos de Deus, e sua função é cumprida sob a soberania divina. Qualquer proteção ou orientação fornecida pelos anjos vem diretamente de Deus, que os envia como Seus mensageiros e guardiões.
Os anjos da guarda, segundo essa visão, não são mediadores entre o homem e Deus – essa função pertence exclusivamente a Jesus Cristo. No entanto, os anjos desempenham um papel vital no cuidado contínuo e proteção dos crentes. Eles são vistos como agentes da providência divina, que intervêm em momentos de perigo ou necessidade, sempre agindo em conformidade com a vontade de Deus.

O Papel do Cristão em Relação ao Anjo da Guarda

Na tradição evangélica, embora haja um reconhecimento da proteção angelical, o foco permanece na fé e confiança em Deus. Os crentes são incentivados a orar diretamente a Deus e confiar na Sua soberania. O reconhecimento da existência de anjos da guarda serve para reforçar a ideia de que Deus cuida de cada detalhe da vida de Seus filhos, mas não deve desviar a atenção do cristão para a figura angelical em si.
A proteção dos anjos é uma manifestação da graça e do amor de Deus, e os cristãos são chamados a viver em confiança, sabendo que nada acontece fora da vontade de Deus. Mesmo que um anjo seja enviado para protegê-los, essa é uma extensão da obra e do cuidado de Deus.

Conclusão

O conceito de anjo da guarda dentro da perspectiva evangélica é respaldado por diversos textos bíblicos que demonstram a ação protetora dos anjos na vida dos crentes. Esses seres celestiais são enviados por Deus para ministrar, proteger e guiar o povo de Deus, sem jamais usurpar a centralidade de Cristo como mediador entre Deus e a humanidade. Os anjos da guarda reforçam a mensagem de que Deus cuida dos Seus, sempre presente e atento às necessidades dos Seus filhos.
O importante, no entanto, é que essa crença esteja sempre ancorada na fé em Deus e na confiança de que Ele tem o controle absoluto sobre nossas vidas. O anjo da guarda, então, não é um ser a quem devemos nossa devoção, mas um sinal da presença amorosa e protetora de Deus.

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